De olho na inflação, o governo estuda fazer um corte de
tributos mais amplo sobre o setor de transporte urbano de passageiros. As
empresas, que já contam com a desoneração da folha salarial, poderão ser
beneficiadas com a redução das contribuições ao Programa de Integração Social
(PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o faturamento
das empresas. A "bondade" pode vir condicionada à adoção do sistema
de bilhete único.
No início deste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
pediu aos prefeitos de São Paulo e do Rio de Janeiro para adiar o reajuste das
passagens de janeiro para o segundo semestre. Buscou, com isso, um alívio nas
pressões inflacionárias. A desoneração adicional, agora em estudo, vai na mesma
direção e garante que o aumento das passagens, quando vier, será mais brando.
"A desoneração do transporte urbano faz todo sentido
agora", disse uma fonte do Ministério da Fazenda ouvida pelo Grupo Estado.
Ela avaliou que o momento é ideal, após a desoneração tributária da cesta
básica.