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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Práticos de Farmácia fazem manifestações em Santos e São Vicente


Liderados pelo presidente Jaime Porto, os Práticos de Farmácia de Santos e Região reuniram-se hoje, em Santos e São Vicente para protestar pacificamente, contra a atitude dos patrões que se recusaram a sentar na mesa de reuniões para discutir as reivindicações dos trabalhadores da Baixada Santista.

Os comerciários da Baixada, liderados pelo presidente Biloti, participaram do barulhento apitaço que reuniu os companheiros práticos da Baixada, acompanhados por sindicalistas e trabalhadores de outras categorias profissionais, como a construção civil, químicos, trabalhadores da saúde, pessoal da Força Sindical, da Nova Central, além de comerciários do interior do Estado, liderados pelo presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta.

Mais de 40% dos trabalhadores em farmácias e distribuidoras de medicamentos da Baixada Santista cruzaram os braços para forçar os patrões a retomarem as negociações salariais com a categoria, suspensas por intransigência do Sincofarma e do Sincamesp, que representam as empresas no comércio varejista e atacadista de medicamentos. A greve foi decidida em assembleia da categoria no último dia 16/8.

Com carro de som, bandeiras, faixas, muita disposição e gritando palavras de ordem como “greve”, “comerciários na luta, na rua, mostrando a que veio” e “fecha, fecha”, mais de 400 manifestantes saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade e logo três farmácias de redes baixaram as portas, “lacradas” com vários adesivos “Greve”: Drogasil, na Praça Mauá, e Drogaria São Paulo e Poupa Farma na rua João Pessoa.

Depois de Santos, os práticos de farmácia repetiram a manifestação nas ruas centrais de São Vicente e, até as 12h30, fecharam três farmácias de rede: Drogasil, Drogaria São Paulo e Droga Raia, todas na rua Frei Gaspar.

Tanto em Santos quanto em São Vicente as mulheres trabalhadoras também protestaram com bom humor e ruidosamente, lembrando que elas deixam seus filhos, sua família e seus lares, para trabalhar domingos e feriados sem receber hora extra, acordam cedo, abrem as lojas, cuidam do serviço e não tem um vale refeição decente na hora de se alimentar.

Amanhã acontece a primeira audiência de conciliação, no Tribunal Regional do Trabalho de SP, onde tramita o Dissídio Coletivo da categoria. "Os práticos de farmácia estão empenhados em buscar salários dignos para a categoria, que merece uma justa recompensa por sua dedicação e trabalho e os comerciários estarão sempre presentes para ajudar nesta luta", afirmou Biloti.


Equipe Comerciária


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