Liderados pelo presidente Jaime Porto,
os Práticos de Farmácia de Santos e Região reuniram-se hoje, em Santos e São
Vicente para protestar pacificamente, contra a atitude dos patrões que se
recusaram a sentar na mesa de reuniões para discutir as reivindicações dos
trabalhadores da Baixada Santista.
Os comerciários da Baixada, liderados pelo presidente Biloti, participaram do barulhento apitaço que reuniu os companheiros práticos
da Baixada, acompanhados por sindicalistas e trabalhadores de outras categorias
profissionais, como a construção civil, químicos, trabalhadores da saúde,
pessoal da Força Sindical, da Nova Central, além de comerciários do interior do
Estado, liderados pelo presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos
Motta.
Mais de 40% dos trabalhadores em
farmácias e distribuidoras de medicamentos da Baixada Santista cruzaram os
braços para forçar os
patrões a retomarem as negociações salariais com a categoria, suspensas por
intransigência do Sincofarma e do Sincamesp, que representam as empresas no
comércio varejista e atacadista de medicamentos. A greve foi decidida em
assembleia da categoria no último dia 16/8.
Com carro de som, bandeiras, faixas,
muita disposição e gritando palavras de ordem como “greve”, “comerciários na
luta, na rua, mostrando a que veio” e “fecha, fecha”, mais de 400 manifestantes
saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade e logo três farmácias de redes
baixaram as portas, “lacradas” com vários adesivos “Greve”: Drogasil, na Praça
Mauá, e Drogaria São Paulo e Poupa Farma na rua João Pessoa.
Depois de Santos, os práticos de
farmácia repetiram a manifestação nas ruas centrais de São Vicente e, até as
12h30, fecharam três farmácias de rede: Drogasil, Drogaria São Paulo e Droga
Raia, todas na rua Frei Gaspar.
Tanto em Santos quanto em São Vicente as mulheres trabalhadoras também protestaram com bom humor e ruidosamente, lembrando que elas deixam seus filhos, sua família e seus lares, para trabalhar domingos e feriados sem receber hora extra, acordam cedo, abrem as lojas, cuidam do serviço e não tem um vale refeição decente na hora de se alimentar.
Amanhã acontece a primeira audiência de
conciliação, no Tribunal Regional do Trabalho de SP, onde tramita o Dissídio
Coletivo da categoria. "Os práticos de farmácia estão empenhados em buscar salários dignos para a categoria, que merece uma justa recompensa por sua dedicação e trabalho e os comerciários estarão sempre presentes para ajudar nesta luta",
afirmou Biloti.
|
Equipe Comerciária |
Nenhum comentário:
Postar um comentário