Agência Brasil/lDanilo Macedo
Edição: Lílian Beraldo
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje que o país, a
sociedade e os governos precisam se aproximar, cada vez mais rápido, da
tolerância zero em relação à violência contra a mulher. “Nós queremos, na
verdade, que esse país tenha tolerância abaixo de zero, porque esse crime
envergonha a humanidade”, disse a presidenta lembrando que, em seu discurso de
posse, prometeu honrar as mulheres, defendendo oportunidades iguais e uma
política antidiscriminação.
Dilma participou do lançamento do Programa Mulher, Viver sem
Violência que prevê a construção de centros chamados Casa da Mulher Brasileira
em todas as 27 capitais. O local contará com serviços públicos integrados de
segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e
orientação para o trabalho, emprego e renda. Dilma disse que o programa deve
ter um forte componente cultural, mudando valores e reforçando a autonomia da
mulher. “É uma casa de abrigo e de apoio, mas é uma casa de luta”, disse.
No ano passado, dez mulheres foram vítimas de maus-tratos a
cada hora, segundo dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180).
Juntamente com o programa, a presidenta Dilma assinou um
decreto que aumenta a integração entre os ministérios da Saúde e da Justiça,
com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres para a humanizar o
atendimento às vítimas de violência sexual. O governo vai aprimorar sistemas,
protocolos, fluxos e procedimentos de coleta de materiais das vítimas que
sirvam de provas periciais para crimes de estupros.
Segundo o governo, os institutos médico-legais (IML) e a
rede hospitalar de referência terão espaços adequados para o atendimento à
mulher, com investimento de R$ 13,1 milhões. O Ministério da Justiça aplicará
R$ 6,9 milhões, especialmente na compra de equipamentos policiais para as
delegacias especializadas de Atendimento à Mulher (Deam).
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