Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, para 63,5% dos jovens brasileiros, aqueles com idade entre 15 e 29 anos, ter um governo honesto e atuante é uma das prioridades.
O Ipea pediu para cada entrevistado escolher, entre 16 temas, seis que seriam prioritários. Em primeiro lugar ficou a educação de qualidade, apontada por 85,2% dos jovens. Em seguida, aparece a melhoria dos serviços de saúde, com 82,7%. Na terceira colocação, ficou o acesso a alimentos de qualidade (70,1%). Em quarto lugar, apareceu ter um governo honesto e atuante.
A pesquisa, feita em maio e antes da onda de manifestações no país, já mostrava que a melhoria nos transportes e estradas era uma prioridade para 40,9% das pessoas de 15 e 29 anos. O método de perguntas é o mesmo utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na pesquisa My World. O objetivo é subsidiar a definição das novas Metas do Milênio, a serem lançadas em 2015.
O estudo comparou as prioridades dos jovens com as dos não jovens. Para os que não estão incluídos na faixa etária de 15 a 29 anos, a prioridade líder no ranking é a melhoria dos serviços de saúde (86,6%). Em segundo lugar, ficou a Educação de qualidade (80,5%). Ou seja, há uma inversão de prioridades em relação aos itens escolhidos em relação aos jovens.
A pesquisa mostra ainda que a população jovem nunca foi e nem nunca será tão grande no país como agora: atualmente, o grupo é formado por 51 milhões de pessoas, o que corresponde a 26% da população brasileira. É o mesmo percentual da média mundial. Segundo o Ipea, esse ápice no número de jovens no Brasil vai até 2022, quando o processo refluirá e a população desta faixa etária cairá a uma velocidade maior que a dos demais países, com a exceção da China.
Fonte: Força Sindical/o Globo
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