Luiz Carlos Motta é presidente
da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo - www.fecomerciarios.org.br
Com muito entusiasmo, retomei minha agenda de visitas às
bases comerciárias de todo o Estado de São Paulo. Fiel à proposta da diretoria
da nossa Federação e a uma das resoluções tomadas no Congresso Sindical
Comerciário, estou investindo numa maior aproximação da Fecomerciários com os
68 Sindicatos Filiados e com a categoria em seus locais de trabalho. Em 2013,
visitei 37 bases comerciárias. Este ano, reiniciei meu itinerário comerciário
por Lorena (dias 27 e 28 de janeiro) e Campinas (dia 29).
Nestas duas ocasiões reiterei a posição contrária da
Federação à Medida Provisória (MP) que visa a aplicação do chamado Contrato de
Curta Duração. A iniciativa é nociva ao trabalhador porque altera a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Nas entrevistas que tive a oportunidade de conceder durante
as viagens e, como reforço neste espaço, esta MP permite contratações de até 14
dias num mês e 60 dias no ano, sem registro em Carteira. A desculpa do Governo
Federal é a geração de contratações durante a Copa do Mundo, em prejuízo do
cumprimento das leis trabalhistas.
Nas lojas de pequeno, médio e grande portes que tenho
visitado, e atendendo às solicitações da imprensa, tratei, ainda, de um assunto
igualmente preocupante: os “rolezinhos”. Comerciários, comerciantes e
consumidores manifestaram a este presidente o verdadeiro receio contra estas
aglutinações de jovens, combinadas pela Internet, que acontecem nos centros
comerciais.
Liberdade
Tenho afirmado que apoiamos toda e qualquer forma de
manifestação pautada pela liberdade, mas desde que seja pacífica e ordeira. Os “rolezinhos”,
quando ocorrem com vandalismo colocam em risco a integridade física dos
comerciários e das comerciárias, entre outros grupos de pessoas. A nossa
categoria fica cara a cara com os manifestantes mais exaltados, por exemplo,
quando vai baixar as portas das lojas. Como está em seu local de trabalho não
pode sair em fuga para se proteger. Tem mais: com os fechamentos das lojas
deixam de vender, fator que prejudica seus vencimentos, ainda mais os
comissionistas.
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