A melhora na economia dos últimos anos fez com que o poder de compra de todas as faixas etárias, inclusive dos idosos, aumentasse.
O crédito consignado ajudou a alavancar esta condição ao passo que também aumentou a dívida de aposentados e pensionistas.
Muitos dos idosos brasileiros ainda estão despreparados para lidar com este tipo de empréstimo, que tem as parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento; fazendo com que haja endividamentos excessivos nesta faixa etária.
Nos últimos três anos, o saldo das dívidas de aposentados e pensionistas na modalidade de crédito consignado cresceu 27% (descontada a inflação), de R$ 52,5 bilhões para R$ 66,8 bilhões, segundo dados do Banco Central.
O aumento é quatro vezes maior que o reajuste real de 5,2% dos benefícios pagos pela Previdência a esse grupo e quase três vezes superior ao crescimento de 7% no número de aposentados e pensionistas, para 42,2 milhões.
Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos, parte desse maior endividamento é consequência de um problema crescente no país: a violência financeira, que representa 21% das denúncias de abusos contra idosos feitas através do Disque 100.
As denúncias de abuso financeiro contra idosos aumentaram em 300% no Brasil entre 2011 e 2013, passando de 4.052 para 16,8 mil. Isto mostra que muitos familiares se aproveitam da renda fixa do idoso advinda das pensões e/ou aposentadorias para contratar o empréstimo muitas vezes sem o total consentimento dos idosos e acabam por lesa-los financeiramente.
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