Fonte: CNTC
Neste mês de novembro, no dia 25, é instituído o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres que tem como objetivo alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus tratos contra as mulheres, seja por violência física, psicológica, emocional ou ainda os casos de assédio.Essa preocupação com as mulheres ganhou destaque na mídia e na sociedade nos últimos anos devido ao aumento da violência contra a mulher.
Por muitos anos, o Estado foi omisso e a violência contra a mulher no Brasil atingiu números alarmantes e fatores como a falta de oportunidades e desigualdade social contribuíram com essas estatísticas. Segundo pesquisa divulgada em março deste ano, elaborada pela Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança, demonstra que uma a cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no último ano e 503 mulheres foram vítimas de agressões físicas a cada hora.
Os dados demonstram que 22% das brasileiras sofreram ofensa verbal, 10 % sofreram ameaça de violência física, 8 % sofreram ofensa sexual e 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo. A pesquisa mostrou que 52 % das mulheres se calaram perante à violência, esse silêncio se dá em decorrência da dependência que a mulher tem desse homem que é seu marido ou companheiro, e essa dependência pode ocorrer tanto no âmbito financeiro como emocional e psicológico e ocorre ainda a preocupação dessa mulher com o julgamento da sociedade e da família em se tornar separada, divorciada e ainda mãe solteira.
O país do futebol e do carnaval ainda é um país machista e as mulheres lutaram por muitos anos para ter seus direitos respeitados como acesso ao voto,ao divórcio e ao mercado de trabalho, sendo que nesse último ainda enfrentam o assédio moral e sexual.
Hoje muitas mulheres são chefes de família e assim acumulam jornada no mínimo dupla e mesmo se tornando independentes ainda sofrem violência e assassinatos apenas por não querer manter uma relação amorosa. Diante desse cenário leis como a Maria da Penha e a Lei do Feminicídio foram implementadas objetivando proteger e punir com maior rigor os infratores.
É sabido que apenas as leis implementadas não impactam diretamente a sociedade é preciso mudar a cultura do povo e isso pode ser realizado por meio de atos educativos e de ações que despertem a consciência de todos.
A Câmara dos Deputados aderiu a campanha pelo Fim da Violência contra as mulheres e preparou 16 dias de Ativismo com audiências, cursos e exposições. Acesse aqui o site e fique por dentro da programação .
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