O número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudava, não trabalhava, nem
procurava trabalho subiu em 708 mil pessoas de 2000 a 2010, apontou o Boletim de
Mercado de Trabalho do Ipea, divulgado na terça (4/11). Segundo a pesquisa,
cerca de 8,1 mil jovens em 2000, cerca de 16,9% da população jovem, estava nesta
condição, número que passou para 8,8 mil em 2010.
De acordo com o Ipea, o crescimento foi diferenciado por sexo, pois enquanto
o contingente masculino aumentou em 1,1 mil, o de mulheres recuou em 398 mil. Do
total de homens jovens, 11,2% não trabalhavam nem estudavam em 2010. Entre as
mulheres, esse percentual foi de 23,25%.
Casadas
O estudo apontou também que aproximadamente dois terços das mulheres que não
estudavam nem trabalharam eram casadas, e 61,2% já tinham filhos em 2010. Por
outro lado, entre as mulheres localizadas em outras categorias de inserção
social, a proporção de casadas não superou 20%. Essa queda, aponta o Ipea, foi
fruto de um maior tempo passado na escola pelas mais jovens e por uma
participação maior nas atividades econômicas pelas mais velhas.
Por outro lado, o levantamento identificou queda no número de jovens que estudavam e participavam da População Economicamente Ativa (PEA), sobretudo entre os homens na faixa etária entre 15 a 19 anos. A maioria dos homens que não estudava nem trabalhava era solteira, proporção que caiu de 80,9% para 75,9%.
Escolaridade
Em 2011, tanto homens quanto mulheres que não estudavam nem trabalhavam
possuíam baixa escolaridade. Os homens tinham em média sete anos e as mulheres
oito de estudo. Esses jovens estavam inseridos em famílias cujo rendimento médio
domiciliar per capita era o mais baixo dentre as famílias. Nestas famílias, o
chefe também possuía baixa escolaridade.
Fonte: Último Instante
Nenhum comentário:
Postar um comentário