Diário do Litoral
Doenças motivadas por fatores de riscos ergonômicos – tais
como má postura e esforços repetitivos – e sobrecarga mental têm sido as
principais causas de afastamento do trabalho. O dado foi apresentado no Boletim
Informativo Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade, lançado ontem pelo
Ministério da Previdência Social.
O estudo apresenta um balanço dos auxílios-doença e das
aposentadorias por invalidez – benefícios por incapacidade – concedidos pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no período de 2000 a 2011.
Durante esses 12 anos, doenças motivadas por fatores de
riscos ergonômicos e a sobrecarga mental têm superado os traumáticos – como
fraturas. Enquanto as primeiras, responsáveis pelos afastamentos por doenças do
trabalho, alcançaram peso de 20,76% de todos os afastamentos, aquelas do grupo
traumático, responsáveis pelos acidentes típicos, representaram 19,43% do
total. Juntas elas respondem por 40,25% de todo o universo previdenciário.
“Nós temos verificado uma mudança no perfil produtivo do
nosso país. Mais recentemente, o setor terciário da economia, que envolve
comércio e serviços, tem empregado mais gente que os demais setores. E isso tem
refletido numa mudança do perfil do adoecimento do trabalhador em seu ambiente
de trabalho”, explica o diretor do Departamento de Saúde e Segurança
Ocupacional (DPSSO) do MPS, Marco Pérez.
Segundo o diretor do DPSSO, há alguns anos, o setor
industrial registrava, proporcionalmente, mais acidentes. Mas, com a mudança no
perfil econômico e com a melhoria e informatização dos ambientes de trabalho,
os acidentes típicos vem baixando sua incidência. “Por outro lado, verificamos
afastamentos prolongados por algumas doenças que são desencadeadas ou agravadas
pelo trabalho. Ou seja, do ponto de vista relativo, enquanto há uma diminuição
no número de acidentes típicos, há um aumento no número de afastamentos por
doenças do trabalho”, comenta Pérez.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), a cada 15 segundos um trabalhador morre de acidente ou doença
relacionado ao trabalho no mundoSegundo o diretor do DPSSO, há alguns anos, o
setor industrial registrava, proporcionalmente, mais acidentes. Mas, com a
mudança no perfil econômico e com a melhoria e informatização dos ambientes de
trabalho, os acidentes típicos vem baixando sua incidência. “Por outro lado,
verificamos afastamentos prolongados por algumas doenças que são desencadeadas
ou agravadas pelo trabalho. Ou seja, do ponto de vista relativo, enquanto há
uma diminuição no número de acidentes típicos, há um aumento no número de afastamentos
por doenças do trabalho”, comenta Pérez.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), a cada 15 segundos um trabalhador morre de acidente ou doença
relacionado ao trabalho no mundo
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