“As expectativas do jovem trabalhador e sua relação com o sindicalismo” foi o assunto abordado na palestra que abriu o último dia (16 de outubro) do 23º Congresso Sindical Comerciário na cidade de São Pedro, interior de São Paulo. O secretário da juventude da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Gustavo Walfrido, foi quem ministrou o tema.
A professora Maria Alejandra Caporale Madi, economista e vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil. Ela falou sobre “Cenário do comércio: perfil do trabalhador e os desafios das políticas públicas sociais”. Maria Alejandra informou o público, composto por aproximadamente 800 congressistas, sobre o papel do comércio na realidade econômica do país e da necessidade de recompor o crescimento econômico, utilizando de políticas públicas e sociais.
A palestra de encerramento do 23º Congresso Sindical Comerciário foi com o procurador do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, Dr. Dimas Moreira da Silva. Assunto abordado: “MPT e dirigentes sindicais comerciários na luta contra a precarização do trabalho”.
O procurador expôs as principais irregularidades das empresas no trabalho, falou sobre como podem atuar os sindicalistas e também explicou as formas de atuação do Ministério Público.
Dr. Dimas evidenciou o valor do Sindicato socialmente. “É uma das mais importantes organizações sociais que temos atualmente, ter sindicatos fortes e estruturados significa que os trabalhadores serão respeitados em seus direitos. Com sindicatos fracos, a precarização do trabalho sempre estará presente.”
Ele disse ainda que é preciso qualificar os sindicalistas para cumprirem bem os seus deveres. “O capital prepara os seus lideres para defender o capital. Devemos cuidar dos nossos líderes, eles precisam ler sobre economia, sobre os lucros das empresas, saber sobre outros sindicatos e outras categorias”, enfatizou.
O palestrante falou ainda que é preciso lutar nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) por direitos que vão além do que já está em lei. “Copiar o que diz a lei e colocar nas Convenções Coletivas não adianta em nada”.
Balé Clássico
Foi realizada uma apresentação artística de ballet clássico da Associação Fernanda Biancchini. Os bailarinos, portadores de deficiência visual, emocionaram os participantes. Uma dinâmica foi aplicada pelas bailarinas: elas ensinaram alguns congressistas a dançar de olhos fechados. Todos gostaram da experiência e afirmaram que há outras maneiras de “enxergar” o mundo de maneira diferente.
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